sábado, 19 de abril de 2014

BI Como Ferramenta de Gestão Estratégica

Por volta de 1996 surgiu o conceito de BI pela mão do Gartner Research Group[1]. Este conceito estava já presente nas empresas e era concretizado através de diferentes sistemas dependendo da época que analisarmos. Todavia, com a evolução das Tecnologias e Sistemas de Informação e com as visíveis mudanças nas organizações surgiu o conceito de Executive Information Systems. Estes vieram melhorar a qualidade da gestão estratégica nas organizações através das novas tecnologias e diversas técnicas para extração, transformação, processamento e apresentação de dados. O propósito destes sistemas seria de certa forma, ajudar os gestores na tomada de decisão estratégica e fornecer informação em tempo real.

O conceito de BI, de acordo com Carlos Barbieri (2001), pode ser entendido como a utilização de variadas fontes de informação para se definir estratégias de competitividade nos negócios de uma empresa.
(O’BRIEN, 2001) considera que sistemas de informações para aplicações gerenciais combinam os trabalhos teóricos: de ciência da computação, ciência da administração e pesquisa operacional com uma orientação prática para construção de sistemas e aplicações. Ainda, o autor ressalta a adoção de questões de comportamento levantadas pela sociologia, economia e psicologia. Portanto, o conceito de BI em síntese, passa pelo desafio da disponibilização de ferramentas e dados, para que o nível gerencial de uma organização possa detectar tendências e tomar decisões eficientes no tempo correto. Conforme o autor conhecimento e informação estão se tornando a base para novos serviços e produtos. A gestão estratégia e a tecnologia da informação, bem como as pessoas e os processos, são inevitavelmente pressupostos indissociáveis para uma gestão moderna e efetiva.
(PORTER, 1999) mostra que a vantagem competitiva de uma organização está na maneira com a qual ela se defende das forças que governam a competição em um setor. O BI gera painéis customizáveis para ações das áreas estratégica e tática das empresas, os painéis com gráficos, indicadores e cubos específicos, podem ser disponibilizados na web aos usuários, o que significa acesso às informações de qualquer lugar e a qualquer momento. Com dados precisos, o gestor pode tomar decisões que aumentam a produtividade e reduzem os custos na corporação. Os parâmetros que o BI disponibiliza geralmente são modelados para que os gerentes e executivos tenham uma visão ampla do negócio, com visualização intuitiva e oportuna dos dados estratégicos, financeiros e operacionais.
Além do fornecimento de painéis de gerenciamento, o BI também disponibiliza indicadores que medem o desempenho dos processos e o êxito das estratégias. Indicadores de rentabilidade, margem de contribuição, turn over e faturamento por colaborador podem ser implementados. Um sistema de BI, como já referido, é um conjunto de métodos e ou programas que tem relevância no suporte à tomada de decisão. Estes sistemas integram um conjunto de ferramentas e tecnologias, normalmente utilizadas para extrair, integrar, analisar e disponibilizar informação com qualidade, de forma a apoiar os gestores das organizações no processo de tomada de decisão. Na maioria das vezes em que as empresas optam pela utilização de sistemas de BI esta opção tem-se mostrado uma escolha eficaz sempre que se pretenda disponibilizar informação e suportar a tomada de decisão nos níveis estratégicos e táticos.
Porter desenvolveu no seu best-seller, Competitive Advantage o conceito de vantagem competitiva onde procura mostrar a forma como uma organização pode determinar e sustentar o seu sucesso competitivo através da estratégia escolhida e seguida por ela. Segundo Porter, dois são os tipos básicos de vantagem competitiva: a liderança no custo e a diferenciação ambos definem em conjunto com o âmbito competitivo os diferentes tipos de estratégias genéricas. O instrumento básico para definir a vantagem competitiva é descrito por Porter como cadeia de valores. Através da cadeia de valores a organização identifica com mais facilidade as fontes de vantagem competitiva, devido à sua divisão em atividades básicas (serviço e comercialização, produção, desenvolvimento e investigação).



[1] Consultora de pesquisas de mercado na área das Tecnologias da Informação.

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