Por volta de 1996 surgiu o conceito de
BI pela mão do Gartner Research Group[1].
Este conceito estava já presente nas empresas e era concretizado através de
diferentes sistemas dependendo da época que analisarmos. Todavia, com a
evolução das Tecnologias e Sistemas de Informação e com as visíveis mudanças
nas organizações surgiu o conceito de Executive
Information Systems. Estes vieram melhorar a qualidade da gestão
estratégica nas organizações através das novas tecnologias e diversas técnicas
para extração, transformação, processamento e apresentação de dados. O
propósito destes sistemas seria de certa forma, ajudar os gestores na tomada de
decisão estratégica e fornecer informação em tempo real.
O conceito de BI, de acordo com Carlos Barbieri (2001), pode ser entendido como a
utilização de variadas fontes de informação para se definir estratégias de
competitividade nos negócios de uma empresa.
(O’BRIEN, 2001) considera que sistemas
de informações para aplicações gerenciais combinam os trabalhos teóricos: de
ciência da computação, ciência da administração e pesquisa operacional com uma
orientação prática para construção de sistemas e aplicações. Ainda, o autor
ressalta a adoção de questões de comportamento levantadas pela sociologia,
economia e psicologia. Portanto, o conceito de BI em síntese, passa pelo
desafio da disponibilização de ferramentas e dados, para que o nível gerencial
de uma organização possa detectar tendências e tomar decisões eficientes no
tempo correto. Conforme o autor conhecimento e informação estão se tornando a
base para novos serviços e produtos. A gestão estratégia e a tecnologia da
informação, bem como as pessoas e os processos, são inevitavelmente
pressupostos indissociáveis para uma gestão moderna e efetiva.
(PORTER, 1999) mostra que a vantagem
competitiva de uma organização está na maneira com a qual ela se defende das
forças que governam a competição em um setor. O BI gera painéis customizáveis para ações das áreas estratégica e
tática das empresas, os painéis com gráficos, indicadores e cubos específicos,
podem ser disponibilizados na web aos usuários, o que significa acesso às
informações de qualquer lugar e a qualquer momento. Com dados precisos, o
gestor pode tomar decisões que aumentam a produtividade e reduzem os custos na
corporação. Os parâmetros que o BI disponibiliza geralmente são modelados para
que os gerentes e executivos tenham uma visão ampla do negócio, com
visualização intuitiva e oportuna dos dados estratégicos, financeiros e operacionais.
Além do fornecimento de painéis de
gerenciamento, o BI também
disponibiliza indicadores que medem o desempenho dos processos e o êxito das
estratégias. Indicadores de rentabilidade, margem de contribuição, turn over e
faturamento por colaborador podem ser implementados. Um sistema de BI, como já referido, é um conjunto de
métodos e ou programas que tem relevância no suporte à tomada de decisão. Estes
sistemas integram um conjunto de ferramentas e tecnologias, normalmente
utilizadas para extrair, integrar, analisar e disponibilizar informação com
qualidade, de forma a apoiar os gestores das organizações no processo de tomada
de decisão. Na maioria das vezes em que as empresas optam pela utilização de
sistemas de BI esta opção tem-se
mostrado uma escolha eficaz sempre que se pretenda disponibilizar informação e
suportar a tomada de decisão nos níveis estratégicos e táticos.
Porter desenvolveu no seu best-seller, Competitive Advantage o conceito de vantagem
competitiva onde procura mostrar a forma como uma organização pode determinar e
sustentar o seu sucesso competitivo através da estratégia escolhida e seguida
por ela. Segundo Porter, dois são os tipos básicos de vantagem competitiva: a
liderança no custo e a diferenciação ambos definem em conjunto com o âmbito
competitivo os diferentes tipos de estratégias genéricas. O instrumento básico
para definir a vantagem competitiva é descrito por Porter como cadeia de
valores. Através da cadeia de valores a organização identifica com mais
facilidade as fontes de vantagem competitiva, devido à sua divisão em
atividades básicas (serviço e comercialização, produção, desenvolvimento e
investigação).
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